sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Patrocínio.

Saiu sexta passada no Globoesporte.com:
Calção também está à 'venda' - Timão já recebeu ofertas para anúncio em seu calção. Medial precisa ser consultada.
Enquanto esperava pela reprise dos primeiros capítulos de Haru e Natsu, a minissérie da Band sobre a imigração japonesa, e assistia a Palmeiras e Cene (e também porque meu pai é palmeirense roxo) não pude deixar de notar aquele logo horrível (o logo em si já é horrível) enorme das Óticas Diniz no peito do time do Cene. No calção, Mash. Muda de canal para ver como anda o jogo do Flamengo. No short do Cienciano: Mash de novo. E olha que o Cienciano é do Peru.
Isso me lembrou a matéria da venda de patrocínido do Corinthians. O short ou a manga da camiseta correspondem de 15% a 35% de renda do patrocínio para o time.
Tem sido comum ver anúncios nos shorts ultimamente.
O Grêmio vai de Banrisul no peito e Unimed no short.
O problema é que se a camisa fica por fora, tapa o patrocínio. Talvez por isso o logo da Mash seja tão grande.
Ela já tinha anunciado antes no Barras-PI, com um logo bem grande.
Lembro de uma matéria de Folha de São Paulo, do ano passado, que falava do excesso de patrocínios dos uniformes dos times da série B. Verdadeiro carnaval. Pena que não achei a matéria.
E a Lupo do mesmo ramo da Mash, já anunciou no Marília e no Juventude, fato que foi comentado até no Minhas Camisas.
A diferença é que o logotipo era menor (em um calção estranhamente bem mais largo).
No caso das duas, achei uma jogada inteligente. Pela posição da logo, a associação é direta com o produto das duas empresas: roupas íntimas. Claro que ninguém vai sair comprando só porque viu o logo. Mas o lance do patrocínio é a lembrança e fixação da marca.
Para ambas as marcas funciona muito melhor. Você vai acabar lembrando dos nomes delas diante de marcas que não conhece.
Já o Unimed, no Grêmio, não funciona assim. A não ser que você tenha algum problema na região... :P
A nova camisa maluca do Corinthians (não sei de onde surgiu a idéia da cor) fazia tempo que tinha sido lançada. Por enquanto, não vi nenhum novo calção na mesma cor, mas Even (construtora) e Magazine Luiza estão querendo fechar negócio (cerca de R$ 4 milhões).

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Dança das formigas.

Em tempo: o vídeo mais comentado da semana.
Só pra registrar, na categoria curiosidades/toques, o ataque das formigas ao jogador Marcos Paulo, do Santacruzense, em uma partida contra o Oeste, no último sábado (23/02).
O jogador caiu no chão para caracterizar a falta e levantou insandecido.

- Pensei que estivesse passando mal e fiquei preocupado. Foi quando vi que minha camisa estava preta, cheia de formigas, e a tirei na hora. O juiz não entendeu o que estava acontecendo e ia me dar cartão amarelo - lembra Marcos Paulo.

- Quando olhei para o meu calção, ele estava lotado de formigas também. Pensei em tirá-lo, mas elas já estavam por dentro da minha sunga. Corri para uma poça d’água e os guardas que estavam do lado do campo me apontaram uma mangueira.

Quem viu, não entendeu nada. O jogador só foi explicar o que aconteceu depois, no Bem, Amigos!, do Sportv.
Para quem não viu ou não sabe do que eu estou falando, aperte o play abaixo.

Talvez se o short não tivesse sunga interna, o cara tivesse sofrido menos...
Pense se fosse com você... :P
Com o gramado encharcado as formigas conseguiram sobreviver e o jogador ainda passa por uma placa escrito "chuveirão" pra ir atrás de uma mangueira!? :D Muito boa.
A matéria completa tá no site do Globoesporte.
O vídeo tá no Youtube também (o quê não vai parar lá?).
A prefeitura de Presidente Prudente, onde aconteceu o jogo, disse que o estádio Eduardo José Farah, o Farahzão, será dedetizado.
Ah, bom, porque entre formigas e veneno no corpo é preferível o veneno...
;)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Botafogo 2007.

Estava há um tempo pra falar deste short. Ainda não é da minha coleção, mas é um forte candidato.
O short do Botafogo, que acabou perdendo para o Flamengo a Taça Guanabara neste final de semana (24/02/08) é muito bonito.


Visto de frente, segue os mesmos padrões que o time sempre seguiu: short preto básico, com brasão do time na boca da perna esquerda e símbolo da Kappa, na direita. Achei o patrocínio da Liquigás, logo acima do brasão do time, muito nada a ver, mas vá lá... o resto do calção é bom.
Não tem número (já mencionei que eu gosto de número no calção?).
A novidade que deixa o short legal é a faixa "lateral". Visto de frente, parece apenas uma faixa branca que termina no meio da coxa. Mas a faixa avança para a traseira do calção, atravessando a bunda e indo até o outro lado.
Alguns outros calções, como o do Chelsea, por exemplo, tem detalhes no alto da traseira do short, mas a faixa no meio da bunda faz com que o short se destaque no campo, mesmo quando o jogador está com a camisa pelo lado de fora.
Isso deixa um efeito bem legal no uniforme.
Tenho que parabenizar a Kappa por acertar a mão desta vez.
Eu não gosto muito do logo da marca (aquele homem e aquela mulher sentados, encostados) e, das vezes que tentou inovar, ela repetia aquele símbolo várias vezes pelo lateral ou bordas do short. Ficava horrível com tanta informação.
Dessa vez parece que eles perceberam que a simplicidade pode dar um resultado muito bom.
Custa quase 80 paus. Como eles ainda não lançaram o uniforme deste ano, este ainda é o short oficial.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

NBA All Star 2008 - Leste.

Agora é a vez do calção da costa Leste.
O All Star reúne os melhores jogadores das costa Oeste e Leste dos Estados Unidos e é um evento quase tão popular quanto a final do superbowl. Afinal, eles que criaram o jogo...
Com o avanço do basquete feminino, foi criado também o All Star Game da WNBA, a liga para as mulheres.
Sobre o shortão do Leste, este também se valeu da diferença de cores frente-verso, afinal o negócio é promovido pela Adidas, o calção do Leste era azul na parte da frente, mas sem brilho algum.
Os detalhes da parte da frente também são os mesmos do Oeste: logo da Adidas na boca da perna esquerda e do All Star Game 2008 na direita.
No elástico, o brasão representativo da liga Leste na parte da frente, ao centro. O cadarço, interno, em branco.
Cadarço é importante... Esses shorts são pesados. Em entrevista após o jogo, o jogador Daniel Gibson, do Cleveland Cavaliers disse que o cordão partiu durante uma partida em 2004 e ele passou o restante do jogo preocupado em aujstar o calção depois de cada lance.
Corte em V e as listras da Adidas no mesmo fundo vermelho.
A diferença é que a parte de trás do uniforme, branca, era brilhante. O opaco-brilhante não ficou tão bom quanto o brilho suave-intenso do uniforme Oeste, na minha opinião.
Comparando ambos, eu fico com o do Oeste.
Sem venda oficial, as réplicas à venda são daquela qualidade comentada no post anterior... Bobeou Nba...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

NBA All Star 2008 - Oeste.


Neste último final-de-semana (16/02) a NBA realizou, em Nova Orleans, a edição 2008 do All Star Game, que reúne os melhores jogadores das costas Leste e Oeste dos Estados Unidos.
Lá eles não tem uma divisão regional clara como a nossa do IBGE. O meio-leste se mistura com o sul e some se contada toda a costa leste. Mas, pro jogo, basta o leste-oeste (oeste que eles invadiram e tomaram do México no século XIX).
Indo ao assunto do blog, vou comentar primeiro o shortão do vencedor: o Oeste venceu o Leste por 134 a 128.
O que eu gostei em ambos os uniformes foi o jogo de duas cores frente-verso.
No caso do Oeste, a parte frontal era totalmente branca, com um brilho suave, com cordão também em branco.
A bermuda de lycra, para quem usou, era branca também.

Na boca da perna esquerda, o logo da Adidas, na direita, o brasão do All Star. No elástico, na frente, na altura de onde ficaria uma fivela de cinto, o brasão que designa basquete do Oeste.
Nas laterais as três listras da Adidas contrastam com um faixa vermelha que serve de fundo. Ficou muito bonito.
Apesar de não ser muito necessário, já que esses shortões são enormes, os calções tinham corte em "V".
Agora, a parte mais legal é a traseira do shortão, em caramelo, de um brilho bonito que deixou o uniforme dourado quando visto de trás.
Tanto a frente quanto as costas brilham, mas o brilho da parte de trás deixou o uniforme muito legal, destacando-se na quadra.
Quando visto de lado a diferença de cores e a faixa vermelha também dão um visual bonito.
Apesar do lucro que poderia ter com isso, a loja oficial da NBA não vende os calções. Somente os "jerseys", as camisetas do All Star. Outros sites, como o da própria ESPN vendem réplicas por cerca de U$60,00. Mas, réplica é réplica... Pela foto, tirada do site, da pra ver a diferença na qualidade: tecido furadinho, sem brilho e mais áspero..

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Post 51.

Como já se foram 50 posts desde que criei o blog, em novembro, vou seguir a idéia do Guilherme Pucci, do Compulsivos por Camisas, e fazer um balanço das visitas ao Loucos por short.
Este blog não é tão homogêneo em relação aos temas, como os blogs sobre camisas ou tênis, por exemplo, porque posto quando vejo um calção legal, tenho alguma idéia de post ou simplesmente posto sobre algum da minha coleção. Mas essa variedade também me permite ver sobre o que as pessoas se interessam mais.
Agradeço a todos que acessam e, principalmente, aos que deixam comentários.
Agradeço também ao fiel leitor francês que sempre acessa o blog: merci, mon ami.
Agradeço também aos leitores vindos do Compulsivos por Camisas, do Kit Design e do FutisForum² (finlandês! não imaginei que chegaria lá!).
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Países (49 ao total) com mais acessos em ordem decrescente:
1. Brasil (2.125)
2. Portugal (88)
3. Estados Unidos (72)
4. Finlândia (71)
5. França (66)
6. Argentina (26)
7. Espanha (25)
8. Reino Unido (18)
9. Itália (15)
10. México (14)

Cidades com mais acessos em ordem decrescente:
1. São Paulo (406)
2. Rio de Janeiro (164)
3. Belo Horizonte (108)
4. Florianópolis (98)
5. Curitiba (84)
6. Salvador (71)
7. Porto Alegre (71)
8. Recife (61)
9. La Rochelle, França (56)
10. Fortaleza (46)

Posts mais acessados, do mais clicado ao menos clicado:

Posts menos acessados, do menor número de cliques para o maior:

Pelo ranking dos mais acessados, parece que shorts curtos/retrô fazem mesmo sucesso, ao lado do Boca Juniors e do street soccer. Mas também me surpreende que shorts de outros esportes estejam entre os mais acessados, contradizendo a enquete.
O ranking dos menos acessados não é muito preciso porque posts como do UD Salamanca e do short da Nike estavam há pouco tempo na página principal e não precisavam ser clicados. Mas posts como o do Coritiba e o da seleção sueca já foram postados há bastante tempo.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Tecidos 2.

Fechando as diferenças entre os materiais de que são feitos os shorts e roupas esportivas em geral, faltou diferenciar seda de cetim.
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A seda é uma fibra natural formada pelo bicho-da-seda. O cultivo de bichos-da-seda (sericultura) é milenar. Lembram da Rota da Seda, das aulas de História?
Como é caro e pouco resistente, geralmente é mais usado pra fazer cuecas samba-canção. Apesar de ser uma fibra muito resistente (se puxada e esticada), não suportaria esporte porque puxaria fio e ficaria puído muito facilmente. Outro problema é que, se molhada, perde cerca de 20% da resistência (segundo o Wikipedia) e aumenta o peso com a absorção de água. Um uniforme de seda ficaria muito pesado em dias de chuva. Também não resiste muito à exposição ao sol, desbotando as cores.
seda: caro e delicado, só é usado em cuecas e pijamas.
Já o cetim é um pouco mais complicado. Ele é o mais brilhante, macio e liso dos tecidos (tirando a seda, claro) e é muito usado em shorts de boxe e muay thai, justamente pelo brilho, que combina com o cenário de espetáculo q as lutas tem.
Mas também pode ser opaco ou semi-opaco, dependendo do material de que são feitos (acetato, viscose, poliéster....).
É há vários tipos de cetim (boucol, pau d'ange, zebeline, charmeuse), mais ou menos encorpados, mais ou menos resistens...
cetim: os tipos mais brilhosos são típicos das lutas de muay thai e boxe.
Falta ainda o tecido dri-fit, bastante utilizado para roupas esportivas, principalmente camisas, ou para shorts e bermudas que vão à agua. Dri-fit ("ajuste seco", "caimento seco") é um termo pra uma malha de poliamida e elastano que tem alta capacidade de transpiração, ou seja, tira a umidade do corpo e transporta-lo para fora do tecido.
dri-fit: é um conceito que define a secagem rápida das roupas esportivas.

Bom, espero não estar falando bobeira ou coisas que não interessam e que estes posts tenha tirado algumas dúvidas em realação ao material de que os calções são feitos. Quem coleciona roupas esportivas, sejam shorts, calções, agasalhos, sempre repara no tecido de que são feitas as peças. Isso denota a qualidade da roupa. Mesmo que com essas informações mínimas, espero que tenha dado pra saber o que é o que.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Tecidos 1.

Estreando uma nova categoria de posts, vou comentar sobre as diferenças entre os tecidos de que os shorts são feitos. A intenção dessa categoria é dar toques, dicas ou comentar alguma curiosidade sobre shorts, o que pode valer pra outras roupas esportivas, já que geralmente são feitas com o mesmo material. O que for de curioso ou engraçado a respeito de shorts também entrará neste marcador.
Na questão sobre os tecidos, esta era uma dúvida minha há algum tempo e acredito que seja de outros também porque há muitos nomes e os tecidos uma hora se parecem, outra hora são completamente diferentes.
Nylon, poliéster, poliamida, seda, tactel... Às vezes é difícil saber qual é qual.
Tirando as gravatas, os shorts e as camisas esportivas são as únicas peças para homem que são brilhantes. Como normalmente não estamos tão por dentro dessas coisas quanto às mulheres, vamos à explicação:
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A poliamida foi a primeira fibra sintética criada, lá pela década de 30. Como o nome diz, é formada por uma cadeia de amidas. Tem granda durabilidade, resistência ao amarrotamento, fácil lavagem, baixa absorção de umidade, secagem rápido, brilho e toque agradável (sedoso). Por essas características foi largamente utilizada na indústria esportiva: o calção (ou o camisa) não ficam amarrotados ou marcadas, o atleta elimina o suor mais fácil que com o algodão e o toque com o corpo é mais macio. A vantagem em cima do poliéster é o maior grau de transpiração. O problema da poliamida é que, se não seguidas as intruções de lavagem, o tecido encolhe bastante. Falo por experiência própria. Ninguém vai queimar roupa pra confirmar isso, mas, se queimar, a poliamida libera fumaça branca.
poliamida: o primeiro parece cetim, o segundo, algodão e o terceiro é rígido.
O nlyon é o termo aplicado aos fios e fibras sintéticas de poliamida. Só que é uma marca registrada.
nylon: o primeiro é o clássico, já o segundo, parece malha de poliéster.
O poliéster é outra fibra sintética, vinda do petróleo e formada por uma cadeia de ésteres. Também é durável, resistente ao amarrotamente e abrasão e seca rápido. Apesar de vir do petróleo, é de baixa propagação de chamas. E, se queimar, libera fumaça preta. Dependendo do fio e da trama, ele pode ser mais ou menos brilhoso e mais ou menos macio ao toque. Sua vantagem em relação à poliamida é que é mais resistente ao encolhimento e também é mais barato. Mas é mais difícl para colocar cor no tecido que a poliamida/nylon.
poliéster: com e sem muito brilho e mais rígido
O tactel também é uma marca registrada, da DuPont Sudamerica S/A. Lembram-se dos shorts e das bermudas de cores cítricas do início dos anos 90 que eram feitas desse tecido? O tactel é um tipo de poliamida com microfibras de secagem rápida e alta transpiração. Por não reter o umidade (suor, chuva, água do mar, piscina, rio) foi bastente utilizado naquela época para shorts e para bermudas de surf. Ainda é utilizado. Apesar do toque também macio, o tactel é mais rígido, com aspecto resistente e um barulho característico.
tactel: menos caimento por ser mais rígido. Pode ter mais ou menos brilho.
Pelas fotos, dá pra ver que o modo como o fio é trançado faz diferença no tecido, podendo ficar um short (ou bermuda, camisa) bem diferente do outro. Mas disso eu já não entendo...